terça-feira, 10 de outubro de 2017

Os novos jardins da cidade de São Paulo




Um jardim vertical lotado de samambaias, além de temperos como manjericão, alecrim e orégano, está exposto na Avenida 23 de Maio. O corredor verde tem 10950 metros quadrados de área e quase 6 quilômetros de extensão.Começa no Viaduto Tutoia e termina no Jaceguais. São 250 000 montadas em uma placa de 163,7 toneladas. O paredão de plantas surgiu para cobrir o cinza da paisagem daquela via, depois que a operação Cidade Linda apagou quase todos os grafites dos setenta muros. Só permaneceram sete pinturas. Na época, foi prometido que o muro não ficaria daquela forma por muito tempo. Coube a paisagistaa  Guil Blanche, CEO do Movimento 90º, especializado em projetos dessa espécie, tirar a idéia do papel. A Tishnan Speyer, empresa do mercado imobiliário, bancou o negócio, estimado em 9,7 milhões de reais,e também se comprometeu a cuidar da manutenção anual. 


A  prefeitura tem conversado com alguns escritórios de paisagismo sobre a execução e ainda negocia com empresas para fechar uma parceria. O primeiro seria um parapeito formado por trepadeiras na pista do Minhocão. 



Murais no Minhocão, sete prédios da região receberam a cobertura.

Há hoje cerca de 100 paredes verdes na cidade, boa parte das quais fica na região dos Jardins. Entre elas  está a obra Hospital Sírio Libanês, na Bela Vista, uma das maiores no país, inaugurada em 2015. São quase 1 000 metros quadrados de área, que abrigam 80 000 plantas de 42 espécies na fachada.

A tendência começou na França, com o botânico Patrick Blanc, que cobriu o Museu of  Sciense and Industry em 1988. Depois, surgiu em países como Estados Unidos e Singapura. Um dos projetos mais icônicos do mundo atualmente é a floresta Bosco Verticale. criada em 2014 por Stefano Boeri, em Milão, na Itália.
São duas torres de 112 e 80 metros de altura, com varandas externas tomadas por árvores de médio porte e arbustos. Naquele mesmo ano, o projeto ganhou na Alemanha o Internacional Highire Asward, considerado o Nobel da arquitetura dedicada aos arranha-céus, por "proporcionar uma simbiose entre homem e natureza  em plena metrópole",