terça-feira, 7 de março de 2017

Centro Cultural Correios





O Centro Cultual Correios tem mostras de produção impecável no Vale do Anhangabaú. Djanira, Cronistas de Ritos está em cartaz

Av. São João, s/nr.



Palácio dos Correio

   

Fachada principal do Palácio dos Correios

Tipo Palácio
  Estilo Dominante Eclético
Início da construção7 de outubro de 1920
Inauguração20 de outubro de 1922
Local
Vale do Anhangabaú - São Paulo  - Brasil

O Palácio dos Correios é um imponente edifício eclético do Centro Histórico de São Paulo,  localizado no Vale do Anhangabaú.  O complexo foi projetado pelo escritório Ramos de Azevedo  para abrigar a Agência Central dos Correios e Telégrafos, tendo sido inaugurado em 20 de outubro de 1922.  O prédio concentrou as atividades administrativas dos Correios  até a década de 1970, quando a instituição se mudou para a Vila Leopoldina.
Em 2012,  o imóvel foi tombado pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) em um processo que tratou toda a região do Vale do Anhangabaú.  Trata-se, portanto, de um dos mais significativos conjuntos da arquitetura do início do século XX em São Paulo.  No ano seguinte, o palácio passou a abrigar o Centro Cultural Correios de São Paulo, com exposições e outras manifestações artísticas gratuitas.






História


O palácio em outubro de 1922, época de sua inauguração

Projeto e inauguração

Após a Proclamação da República, em 18889,  o serviço dos Correios  passou por uma expansão de suas atividades. Com o aumento da demanda, o  Presente Venceslau Brás  julgou necessária a construção de um novo edifício dos Correios e Telégrafos. As instalações existentes até então, no Largo do Colégio, foram criticadas por ele durante uma visita a São Paulo em 1918.
O local escolhido para a construção foi a área dos antigos Hospital Militar e Mercado de São João. Ficaram responsáveis pelo projeto os arquitetos Domiziano Rossi e Felisberto Ranzini, do Escritório Técnico  Ramos de Azevedo.  Em 7 de outubro de 1920, houve uma cerimônia de lançamento da pedra fundamental do novo edifício, que contou com a presença do rei  Alberto I da Bélgica.
A obra em estilo eclético  inaugurada em 20 de outubro de 1922 como parte das celebrações do centenário da Independia do Brasil.

Concurso de arquitetura



Em  1997,  os Correios promoveram um concurso nacional de arquitetura, em que os escritórios concorrentes deveriam elaborar propostas de adaptação das instalações do edifício em um centro cultural. O projeto vencedor foi o do escritório Una Arquitetos, que buscava valorizar a circulação interna do local. Algumas reformas foram feitas no palácio, mas o projeto não chegou a ser implantado em sua totalidade. [1]

Inauguração do Centro Cultural

A primeira grande restauração do Palácio dos Correios teve início em 2005, como parte de uma iniciativa da Prefeitura para a revitalização do centro de São Paulo.  O projeto, orçado em R$ 10 milhões, visava manter as características originais do edifício e previa também a instalação de um centro cultural nos andares superiores do edifício. O espaço foi inaugurado em 2013  sob o nome de Centro Cultural Correios São Paulo, com duas salas para exposições.


Arquitetura        

Bloco secundário do edifício

Com 15 mil m² de área construída, o Palácio dos Correios possui características ecléticas predominantes. O edifício conta ainda com linhas neoclássicas e influências renascentistas, que caracterizavam os projetos de edifícios públicos do Escritório Técnico Ramos de Azevedo.
 Junto com os antigos hotéis Central e Britânia, ele integra um conjunto de construções ecléticas que se estendem do Vale do Anhangabaú até o Largo Paissandu.



Relógio que coroa o edifício

Fachada

O complexo é composto por um prédio principal, com quatro pavimentos e um porão, e um bloco secundário, com apenas três pavimentos. A  fachada,  por sua vez, é dividida em três partes, o que dá uma continuidade visual ao edifício. Na fachada central, que fica de frente para a Praça Pedro Lessa, as janelas do segundo e do terceiro andar são emolduradas por colunas. Já a lateral voltada para a avenida São João  tem janelas estreitas, com tratamento diferenciado nas vergas. No terceiro pavimento, por fim, as janelas são todas com vãos em arco pleno. O conjunto é finalizado por uma corniza e alguns  frontões  decorados e balaústre.  A fachada principal é coroada por um relógio, que é cercado por duas figuras humanas meramente ornamentais.


Serralheria nas portas principais

Materiais e construção

Com exceção de alguns trechos do pavimento térreo, que foram feitos em granito rugoso, a fachada do Palácio dos Correios é toda revestida de argamassa pigmentada. Já a marquise possui uma estrutura de ferro e cobertura em vidro aramado. Uma curiosidade é que toda a serralharia utilizada no prédio foi feita pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.



Colunas no interior do palácio

Significado Histórico e Cultural




Região em torno do Palácio dos Correios

Logo após sua inauguração, o palácio se tornou um ponto marcante na paisagem da capital, o que fez com que seu endereço, a Praça Pedro Lessa, ficasse mais conhecida como “Praça do Correio”.
A construção do edifício fez parte de um processo de urbanização do Vale do Anhangabaú da década de 1920.  Nessa época, o trecho inicial da avenida São João  foi alargado e outros edifícios ecléticos  foram construídos. No entanto, foi o Palácio dos Correios que consolidou o nome da via.  Junto com o Teatro Municipal, Edifício Martinelli e o Viaduto do Chá,  ele faz parte de um importante conjunto arquitetônico do centro  de São Paulo.