sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Museus da Cidade de São Paulo






Os Museus  da  Cidade de São Paulo é uma rede de Casas históricas distribuídas nas várias regiões da cidade, formada  por treze exemplares arquitetônicos que se relacionam com partes históricas da cidade. O   conjunto arquitetônico é formado por construções dos séculos XVI ao XX, que representam remanescentes da ocupação da área rural e urbana de São Paulo.
Alguns de seus equipamentos recebem exposições e outras programações culturais.
Todas as Casas contam com atuação do Educativo para atendimento do público espontâneo e agendado.



1- Casa do Bandeirante
Praça Monteiro Lobato, s nr. - Butantã





A Casa do Bandeirante representa um dos exemplares típicos das habitações rurais paulistas construídas entre os séculos XVII e XVIII em vasta área periférica ao núcleo urbano primitivo, localizadas predominantemente junto à bacia de dois rios: o Tietê e o seu afluente Pinheiros.
Neste conjunto remanescente, identificado a partir da década de 30 em princípio por Mario de Andrade e depois por Luís Saia, esta casa representa um raro exemplar de edificação que acompanha as mudanças da cidade de São Paulo desde os primeiros séculos da colonização portuguesa, evidenciando em seu partido arquitetônico e em suas paredes a memória dos processos construtivos da arquitetura colonial paulista, em especial da taipa de pilão.
A história do Butantã, região onde a casa se encontra, remonta ao ano de 1566, quando foi concedida uma sesmaria a Jorge Moreira e Garcia Rodrigues, na paragem conhecida como Uvatantan. Em 1602 há registros dessa propriedade como pertencente a Afonso Sardinha, com o nome de Ubatatá, termo tupi que significa "terra dura". Posteriormente foi feita a doação de seus bens à Capela de Nossa Senhora das Graças da ordem dos jesuítas.


2 - Solar da Marquesa de Santos
Rua Roberto Simonsen, 136











O Solar da Marquesa de Santos, situado na cidade de São Paulo ,  foi adquirido em 1834  por Domitila de de Castro e Canto Melo, a Marquesa de Santos,  que o transformou numa das residências mais aristocráticas de São Paulo.
O Solar foi adquirido pela quantia de onze contos e quatrocentos mil réis, da filha do Brigadeiro Joaquim José Pinto de Moraes Leme,  já falecido naquela época. Além de "Solar da Marquesa" o edifício também é conhecido como "Palacete do Carmo".
Devido a suas características arquitetônicas, pode se supor que este edifício seja um representante remanescente da última metade do  século XVIII e é considerado hoje como o último exemplar de arquitetura residencial urbana do  século XVIII.
O Solar passou, entretanto, por diversas mudanças de uso e a várias reformas ,  recebendo acréscimos e modificações sucessivas. Em meados do  século XIX,  presume-se, passou a contar com a sua  atual feição neoclássica  e por volta das décadas de 30 e 40 do século passado teve seu anexo construído em etapas.
A partir de 1975, passou a abrigar as atividades da Secretaria Municipal de Cultura, foi interditado em 1984  por motivos de segurança e somente em 1991  o Solar foi submetido a um processo de restauração  que possibilitou que o edifício  voltasse a ser aberto ao público.



3 - Beco do Pinto 
Rua Roberto Simonsen, 136 - Sé





A Casa da Imagem administra o Beco do Pinto, antiga passagem entre o Solar da Marquesa de Santos e a Casa nº 1, atualmente destinado a abrigar projetos de artistas contemporâneos desenvolvidos especialmente para o espaço.
O Beco do Pinto, conhecido também como Beco do Colégio, era uma passagem utilizada na São Paulo colonial para o trânsito de pessoas e animais, ligando o largo da Sé à várzea do rio Tamanduateí. Atualmente, juntamente com a Casa da Imagem e o Solar da Marquesa de Santos, constitui um significativo conjunto arquitetônico, histórico e cultural, e integra o Museu da Cidade de São Paulo.

Seu nome relaciona-se ao sobrenome do proprietário da casa ao lado do logradouro, o Brigadeiro José Joaquim Pinto de Moraes Leme, e às suas desavenças com os vizinhos e a Municipalidade por ter fechado o acesso ao Beco em 1821. Em 1826, a passagem foi reaberta e recebeu da Câmara o nome oficial de Beco do Colégio. No ano de 1834, a Marquesa de Santos, ao comprar este imóvel de um dos herdeiros do Brigadeiro Pinto, conseguiu, da Câmara, o fechamento da passagem. Após a abertura da ladeira do Carmo em 1912, atual Av. Rangel Pestana, o Beco perdeu sua função e foi definitivamente desativado.

4 - Casa da Imagem
Rua Roberto Simonsen, 136 B - Sé





O Museu Casa da Imagem é um Museu de histórias e de práticas. O seu corpo é constituído por dispositivos para visualizar, criar, reproduzir, registar e capturar, expor, divulgar e experimentar imagens. Afirma-se em diálogo constante com a História e as narrativas da tradição oral, deambulando entre coincidências, factos e devaneios. Percorre a origem e a evolução da imagem através dos caminhos do mito, da religião e das tradições, da cultura, das artes e das ciências.

5 - Chácara Lane
Rua da Consolação, 1024 - Consolação







O Museu Casa da Imagem é um Museu de histórias e de práticas. O seu corpo é constituído por dispositivos para visualizar, criar, reproduzir, registar e capturar, expor, divulgar e experimentar imagens. Afirma-se em diálogo constante com a História e as narrativas da tradição oral, deambulando entre coincidências, factos e devaneios. Percorre a origem e a evolução da imagem através dos caminhos do mito, da religião e das tradições, da cultura, das artes e das ciências.



6 - Capela do Morumbi
Av. Morumbi, 5387







A    Capela do Morumbi situa-se em um terreno da antiga Fazenda do Morumbi, localizada no bairro de mesmo nome, e funciona de terça a domingo, das 9h às 17h. As visitas, com entrada gratuita, são orientadas e em grupos devem ser agendados pelo telefone.
O local faz parte do  Museu da Cidade de São Paulo,  que é um museu diferente dos convencionais. O acervo é composto por conjuntos arquitetônicos construídos a partir do século XVII até o século XX e estão espalhados por diversos pontos da cidade, formado atualmente por 13 edifícios. O museu foi criado em 1993 e, desde então, é administrado pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) da Prefeitura de São Paulo, o intuito é preservar a memória das técnicas construtivas dos séculos passados.

7 - Casa do Sertanista
Praça Ênio Barbato, s nr. - Caximgui







8 - Casa do Sertanista ou Casa do Caxingui é uma residência construída em meados do século XVII no atual bairro  paulista do Caxangui.
A construção, remanescente do período  colonial brasileiro  apresenta diversas características típicas da casa brasileira,  com paredes em taipa de pilão,  telhado de quatro águas, chão de terra batida.
Em 1958, casa foi doada à cidade de São Paulo pela Cia da City Melhoramentos,  seu proprietário na época. Entre 1966 e 1970 a casa passou por obras de restauração, recebendo a partir de então o Museu do Sertanista, com acervo dedicado à cultura indígena, que ali permaneceu até 1987.
Entre 1989 e 1993 foi sede do Núcleo de Cultura Indígena da União das Nações Indígenas e, desde 2000 abriga o Museu do Folclore "Rossini Tavares de Lima". Entretanto, as condições de conservação da casa e suas próprias características arquitetônicas tornam o espaço pouco apropriado para esse tipo de uso.



9 - Casa Modernista
Rua Santa  Cruz, 325 - Vila Mariana




  A Casa Modernista da rua Santa Cruz localiza-se no distrito de Vila Mariana,  em  São Paulo. Projeto do  arquiteto Gregori Warchavchik  é considerada a primeira residência modernista  do Brasil, e é  tombada  pelo poder público estadual por sua importância histórica, artística e arquitetônica.






10 - Casa do Tatuapé

Rua Guabiju, 48 - Tatuapé

A Casa do Tatuapé é uma construção em taipa de pilão, com seis cômodos e dois sótãos, que se diferencia de outros exemplares remanescentes do período colonial por apresentar telhado de apenas “duas águas”.
No inventário de 1698 consta o registro que comprova a construção do imóvel em um terreno que pertencera ao padre Matheus Nunes de Siqueira, que nomeou Mathias Rodrigues da Silva como administrador de seus bens, ficando a este o crédito de ter sido o construtor da casa. Em meados do século XIX, o sítio passou a abrigar uma olaria onde eram fabricadas, exclusivamente, telhas. Entretanto, com a imigração italiana, a olaria passou a fabricar também tijolos. Para que a casa pudesse ser residência e depois olaria era preciso ter água nas cercanias. Este fato explica porque sua implantação esteve vinculada à proximidade de um curso d’água, situação hoje descaracterizada pela retificação do rio Tietê e canalização do córrego do Tatuapé.







11 - Monumento à Independência

Praça  da Independência, snr. - Ipiranga


O Monumento à Independência do Brasil, também chamado de Monumento do Ipiranga ou Altar da Pátria, é um conjunto escultórico em granito e bronze.  Localiza-se na cidade de São Paulo, , às margens do  Riacho do Ipiranga,  no sítio histórico onde  D.Pedro I  proclamou a independência do Brasil  de Poertugal, em 7 de setembro de 1822.






12 - Casa do Grito

Praça da Independência, s nr.

A Casa do Grito é um imóvel tombado pelo CONDEPHAAT  que integra o acervo de Casas Históricas, sob a responsabilidade do Departamento do Patrimônio Histórico, de São Paulo  e abriga exposições diversas com temas relacionados à cidade.

A casa ergue-se nas proximidades do antigo aminho do Mar e do riacho Ipiranga,  tendo sido originalmente construída em pau-a-pique.  Guarda vestígios das diversas reformas realizadas ao longo do tempo pelos seus diversos moradores. Diferentes materiais de construção foram a ela incorporados, tais como tijolos  e até mesmo uma pequena intervenção em concreto.
Embora tenha sido vinculada à cena da proclamação da independência do Brasil  em 1822  por Pedro I  (1822-1831), na tela "Independência ou Morte" do pintor Pedro Américo, o documento mais antigo sobre a sua origem data de  1884.






13 - Sítio Morrinhos ou Chácara de São Bento


Rua Santo Anselmo, 102 - Jardim São Bento

Localizado na Rua Santo Anselmo, no Jardim São Bento, o Sítio Morrinhos é um complexo arquitetônico que passou a fazer parte do circuito histórico da capital.

Para os admiradores de antiguidades, além das construções externas, que datam do século XVIII, no local também está instalado o Centro de Arqueologia de São Paulo, um espaço dedicado à arqueologia paulistana e suas descobertas científicas. No acervo, estão os materiais provenientes das escavações e pesquisas arqueológicas realizadas pelo Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) em toda a capital paulista.

No local, existe também um auditório, com equipamentos de áudio e imagem preparados para realização de palestras. Há também área de atividades e uma biblioteca especializada em arqueologia, onde é possível fazer consultas e você ainda tem a chance de fotografar os registros de seu interesse histórico.

A estrutura do local remonta ao período em que os bandeirantes exploravam partes da cidade em busca de riquezas e se instalavam nas localidades próximas. Composto pela casa sede, construída no início do século XVIII, e por diversas construções anexas datadas da segunda metade do século XIX e outras do início do século XX, todo o conjunto está inserido no centro de uma extensa área verde, formada por árvores frutíferas e ornamentais.






14 - sítio da ressaca


Rua Nadra Raffould Modkosi, 03 - Jabaquara

A Casa do Sítio da Ressaca, como hoje é conhecida, foi sede de um sítio localizado nas proximidades do antigo caminho de Santo Amaro, que era banhado pelo córrego do Barreiro, também chamado Fagundes e Ressaca.
Situada à meia encosta de uma colina, a Casa data, provavelmente, de 1719, ano inscrito na verga de sua porta principal. Algumas de suas telhas são ainda originais e trazem inscrições do século XVIII, como a data de fabricação e o nome do oleiro. As portas e batentes, em canela preta, também são originais.
A técnica construtiva empregada neste imóvel foi a taipa de pilão, que consistia em socar o barro com a mão de pilão entre pranchas verticais de madeira (taipal), formando-se assim as paredes externas com cerca de 50 cm de espessura; as paredes internas eram originalmente de pau-a-pique. Introduzida pelos portugueses, essa técnica de origem árabe foi amplamente utilizada pelos paulistas que, devido ao seu isolamento geográfico, dependiam essencialmente do barro como recurso para construção.
A Casa do Sítio da Ressaca possui algumas peculiaridades em relação aos demais exemplares de casas bandeiristas existentes na cidade: a assimetria de sua planta, um único alpendre não centralizado na fachada principal e o telhado de duas águas.





    O proprietário, Antonio Cantarella, responsável pela urbanização do bairro do Jabaquara, transformou o sítio em chácara, realizando seu loteamento em 1969. Esta modificação coincidiu com a chegada do metrô à região e a desapropriação de mais de um terço da área para instalação do seu pátio de manobras.