quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Palácio das Indústrias

Praça Cívica Ulisses Guimarães, s/n - Parque Dom Pedro II - centro





 
 

 
 
 
 


Construído entre 1911 e 1924, o Palácio das Indústrias, em São Paulo, obra do escritório Ramos de Azevedo, inicialmente seria um espaço para exposições da indústria e agropecuária. Mas ao longo dos anos, seus oito mil metros quadrados foram sendo ocupados por outras atividades. O prédio foi delegacia de polícia, prefeitura e até prisão. O tempo também trouxe danos e deteriorações a suas estruturas.
Sob o risco de ser demolido em 1982 a construção foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - CONDEPHAAT.
Começou então uma obra de restauração, até que em 2009 o prédio retornou sua função inicial e se tornou a sede do Catavento, museu de ciência e tecnologia, um espaço de exposição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

O sino de 50 quilos, que traz gravada em seu corpo a data de 1922 e foi fabricado pela empresa Fundição Artística Paulistana Angelo Angeli, conhecida na época por fabricar sino para igrejas, é um  dos comtemplados com a recuperação.

Posicionado no campanário do Palácio das Indústrias, ele ganha novo mecanisco eletromecânico, com o qual é possível facilmente regular o número de batidas.

Seu fabricante participou da Primeira exposição Insdustrial da Cidade de São Paulo, em 1917, sediada no Palácio das Indústrias.



 
 
Já o relógio, provavelmente devido a trincas, teve os vidros originais do mostrador trocados por outros de material inferior. Com o restauro, foi colocado vidro alemão  opalina, voltando à qualidade do usado originalmente. Um novo mecanisco eletromecânico, responsável pela movimentação
dos ponteiros, foi fabricado. O mecanisco original está exposto na seção Engenho do Catavento. Não é possível determinar exatamente quando o sino e o relógio deixaram de funcionar, justamente pela multiplicidade de usos pela qual passou o edifício.
 
Revista do Historiador - edição 174

Salvador Dalí

O início, o fim e o meio das mutações de Dalí

Instituto Tomie Ohtake

Definir Salvador Dali como pintor, mesmo que grande parte de sua contribuição artistíca e fama venha desse ofício, é insuficiente. Consolidado como um dos maiores exemplos contemporâneos de criador sempre disposto a experimentar, o ícone do século 20, morto em 1989, tem parte de sua obra exibida no Instituto Tomie Ohtake.

Carolina de Angelis, que integra o núlceo de pesquisa do Instituto, conta que a mostra, dividida em duas salas mais uma instalação, mescla as diversas fases e plataformas adotadas por Dali.
"Ele começa como aprendiz de pintor, depois surrealista até se tornar místico nuclear, e ainda volta aos estudos renascentistas", afirma.
"Enquanto isso, fez cinema, escreveu e ilustrou alguns livros", completa.

Destaques são desenhos para uma edição de "Alice no País das Maravilhas" de 1969, e a exibição de trechos de filmes "O Cão Andaluz" e "A Idade do Ouro", em que ele atuou como roteirista.


 


 
 








 

sábado, 18 de outubro de 2014

Biblioteca Mário de Andrade

Uma Jóia de 88 anos

Bibioteca Mário de Andrade
Rua da Consolação - São Paulo


 
O prédio já na fase da Consolação, nos anos 50

 
2014
 



                           Detalhes do seu interior : a sede original era na vizinha Rua Sete de Abril.


Com cerca de 4 milhões de livros, a Bibioteca Mário de Andrade terá parte de seu acervo restaurada a um custo de 400 000 reais.

Um dos patrimônios culturais da cidade, a Bibioteca Mário de Andrade está sofrendo uma infestação por fungos, Causado por umidade excessiva - alguns espaços estariam com 60%, quando recomendado é 45 % - o problema afeta 18 000 dos seus quase 4 milhões de livros. "Especialistas da Escola Politécnica da USP estão analisando o sistema de climatização para que ele opere nos parâmetros corretos", diz o diretor Luiz Bagolin, que assumiu o cargo em julho. O trabalho de restauro deve durar até um ano e consumirá 400 000 reais.

Fundada em 1925 na Rua Sete de Abril, no centro, com obras da Câmara Municipal , trata-se da segunda maior bibioteca do país, atrás apenas da nacional do Rio de Janeiro. O edifício onde está desde 1942, na Rua da Consolação, foi projetada pelo francês Jacques Pilon e é considerado um marco da arquitetura art déco. Seu nome só foi adotado em 1960. O prédio passou por uma reforma entre 2007 e 2010 que envolveu a adaptação dos móveis, além da higienização e reorganização do acervo.